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Lepra, doença de Hansen ou hanseníase é uma infeção crónica causada pelas bactérias Mycobacterium leprae ou Mycobacterium lepromatosis. A infeção geralmente não manifesta sintomas durante os primeiros 5 a 20 anos. Gradualmente, vão-se desenvolvendo granulomas nos nervos, trato respiratório, pele e olhos. Isto pode resultar na diminuição da capacidade de sentir dor, o que por sua vez pode levar à perda de partes das extremidades devido a lesões ou infeções sucessivas que passam despercebidas ao portador. Estes sintomas podem também ser acompanhados por diminuição da visão e fraqueza.
A lepra é transmitida entre pessoas e possivelmente a partir de tatus (dasipodídeos, clamiforídeos). Pensa-se que a transmissão se dê através da tosse ou pelo contacto com o muco nasal de uma pessoa infetada. A lepra é mais comum em contextos de pobreza. Contrariamente à crença popular, não é uma doença altamente contagiosa. A doença é classificada em dois tipos principais: lepra paucibacilar e lepra multibacilar. Os dois tipos distinguem-se pelo número de manchas de pele hipopigmentada e dormente – a lepra paucibacilar possui cinco ou menos e a multibacilar mais de cinco. O diagnóstico é confirmado com a análise de uma biópsia.
A lepra pode ser curada com um tratamento multidrogas. O tratamento da lepra paucibacilar consiste na administração de dapsona e rifampicina durante seis meses. O tratamento de lepra multibacilar consiste na administração de rifampicina, dapsona e clofazimina durante doze meses. Podem também ser usados outros antibóticos. A Organização Mundial de Saúde disponibiliza estes medicamentos de forma gratuita. Em 2012, havia em todo o mundo 189 000 casos crónicos de lepra, uma diminuição acentuada em relação aos 5,2 milhões na década de 1980. No mesmo ano registaram-se 230 000 novos casos. A maior parte dos novos casos ocorre em apenas 16 países, dos quais a Índia contabiliza mais de metade. Nos últimos vinte anos foram curadas da lepra 16 milhões de pessoas em todo o mundo.
A lepra afetou a Humanidade durante milhares de anos. O nome da doença tem origem no termo grego λέπρᾱ (léprā), derivado de λεπῐ́ς (lepís; "escama"). O termo "hanseníase" é dado em homenagem ao médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, que descobriu a causa da doença em 1873. Isolar os portadores da doença em leprosarias, outrora comum em todo o mundo, ainda ocorre na Índia, China, e África. No entanto, a maior parte das leprosarias foi encerrada, dado que a doença não é significativamente contagiosa. Durante grande parte da História, os leprosos foram vítimas de estigma social, o que ainda continua a ser uma barreira para a procura de tratamento. Devido a este estigma, muitas pessoas consideram o termo "leproso" ofensivo. A condição está classificada como doença tropical negligenciada.